Joanete

 

O hállux valgo ou simplismente  joanete,continua sendo um mistério não só para os pacientes mas para a própria classe da área da saúde ,que por falta de informação precisa trata dessa patologia como um enigma insondável e de cura impossível.É envolto principalmente da idéia de que sua re-incidência pós-operatória é certa,e nesse ponto,o couro de vozes não se cansa de dizer:”não adianta operar o meu joanete,pois ele vai voltar!”.

Essa talvez seja uma das “verdades absolutas” mais atribuídas a uma patologia ortopédica.Com o passar dos tempos alguém ouviu a avó dizer que o vizinho disse que tinha um amigo que operou o joanete e não ficou bom.Ou ainda,que o pós –operatóro do joanete é” extremamente doloroso “e que por isso ninguém recomendaria um amigo ou parente a realizá-lo!

Durante muitos anos o hállux valgo foi visto como uma patologia simples de se resolver de forma cirúrgica,não se preocupando nossos antecessores  com a biodinâmica dessa patologia.Na maioria das vezes era realizada por cirurgiões pouco experientes(não especialistas),que apenas realizavam uma abertura da cápsula articular medial do hállux,procedendo uma exostectomia exagerada,deixando a articulação instável e e sem se preocupar com mais nada.Hoje a preocupação com o planejamento pré-operatório,seja clínico e radiológico,aliado ao conhecimento das causas básicas biomecânicas dessa patologia como o varismo do primeiro metatarso,a congruência ou não da articulação metatarsofalangiana do hállux,a hipermobilidade da articulação primeira cunha-primeiro metatarso,o hállux valgo interfalângico,entre várias,tornaram o procedimento confiável.Aliado a isto,ainda contamos com materiais de nova geração que torna a vida do cirurgião mais tranquila.

O correto é sempre procurar um especialista na área da cirurgia do pé e tornozelo para esclarecimento das dúvidas e fechar os ouvidos aos “conselhos” que não vão beneficiar ninguém.